Maçarico-Esquimó
O Maçarico-Esquimó está extinto em território brasileiro desde os anos de 1930, e virtualmente extinto a nível mundial.
Como ave migratória seu habitat variava
muito ao longo do ano. Apareciam no Amazonas, Mato Grosso e São Paulo
entre setembro e novembro. Apareciam nos pampas tanto do Rio Grande do
Sul no Brasil, como na Argentina entre setembro e fevereiro. Também eram
avistados no Uruguai e no Chile. Nos demais meses do ano viviam pela
tundra ártica a oeste do Canadá e Alasca. Há relatos de raras aparições
ao longo da História destas aves na Europa Ocidental.
Mediam em torno de 33 cm, tinham um bico
curvo, plumagem branca no ventre uma faixa bem escura nas bordas das
asas. As patas eram longas de cor cinza. Alimentavam-se de moluscos,
pequenos crustáceos e peixes.
Os ninhos eram feitos em áreas abertas,
no chão e difíceis de localizar. Os ovos eram verdes com pintas marrons.
O acasalamento provavelmente ocorria em junho.
Na primeira viagem de Cristóvão Colombo, a
do descobrimento da América em 1492, ele avista aves voando e, graças a
elas, depois de 65 dias no mar, renova sua esperença em descobrir
terra. Acredita-se que estas aves avistadas por Colombo eram
Maçaricos-Esquimós, devido a comparações de datas e padrões de migração.
É provável que os Maçaricos-Esquimós
tenham sido o grupo mais numeroso de aves da porção norte do continente
americano (América do Norte), com uma população estimada em centenas de
milhões. Em fins do século XIX foram mortos cerca de 2 milhões de aves
por ano. A caça é a causa principal de sua extinção em território
brasileiro, associada à degradação de seu habitat.
Os últimos avistamentos confirmados destas aves foram no Texas em
1962 e em Barbados em 1963. Em 1981 foi vista uma colônia de 23 aves no
Texas. Na América do Sul não há um avistamento confirmado desde 1939.
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