O Mutum-do-Nordeste ou Mutum-de-Alagoas está oficialmente extinto na Natureza desde 2001.
Vivia nas áreas de Mata Atlântica nos estados de Pernambuco e Alagoas.
A ave tem um bico quadrangular
vermelho na ponta e branco na base, em volta dos ouvidos não possui
penas, tem um par de penas negras na parte central da cauda. A cabeça
tem uma plumagem negra assim como em seu peito e ventre.
Foi registrado pela primeira vez pelo
naturalista Georg Marcgrave, no século XVII, na primeira expedição
científica feita em território hoje pertencente ao Brasil, patrocinada
por Maurício de Nassau. A obra de Marcgrave foi postumamente publicada
com o título de “História Naturalis Brasiliae”.
Encontra-se extinta na Natureza devido à
destruição de seu habitat para o plantio de cana-de-açúcar para a
produção de combustível, e também pela caça excessiva. Atualmente o
desmatamento continua sendo um gravíssimo problema para que possa ser
reintroduzido na Natureza.
Seu último avistamento na Natureza é de
1987. Conta com uma população em cativeiro de cerca de 100 indivíduos,
nem todos de linhagem pura, pois foram cruzados com o Mutum-Cavalo (Mitu
tuberosa), por criadores, por falta de espécimes puros.
Foi criado em 2005 um grupo de biólogos,
ONGs, criadores de aves e usineiros que pretendem reintroduzir o
Mutum-do-Nordeste nos 2% restantes de Mata Atlântica ainda existentes em
Alagoas e Pernambuco. Porém, além de conseguirem espécimes puros, é
necessário que esta ave, que não vive no meio natural a cerca de 30
anos, reaprenda a viver, voltando a alimentar-se, proteger-se e que
procrie sem dependência de humanos.
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